Como podar Romã?
Objetivo e Vantagens
A poda adequada da romãzeira estimula a formação de novos ramos produtivos, aumentando significativamente a quantidade e qualidade dos frutos.
A remoção estratégica de ramos doentes, secos ou mal posicionados melhora a circulação de ar e penetração de luz na copa, reduzindo problemas fitossanitários.
A poda de formação estabelece uma estrutura forte e bem distribuída, facilitando os tratos culturais e a colheita dos frutos.
O rejuvenescimento de plantas antigas através da poda drástica pode recuperar plantas improdutivas, dando-lhes nova vida produtiva.
Uma planta bem podada apresenta melhor equilíbrio entre crescimento vegetativo e produção de frutos, além de facilitar a aplicação de tratamentos fitossanitários quando necessários.
Materiais e Ferramentas Necessárias
Tesoura de poda manual para ramos finos (até 1 cm de diâmetro), com lâminas bem afiadas e limpas.
Serrote de poda ou tesoura duas mãos para ramos mais grossos, preferencialmente com cabo extensor para alcançar partes mais altas.
Pasta bordalesa ou tinta plástica branca para proteção dos cortes maiores contra doenças e insolação.
Alcool 70% ou solução de hipoclorito de sódio a 2% para desinfecção das ferramentas entre plantas.
Luvas de proteção resistentes a espinhos, óculos de segurança e chapéu de aba larga para proteção durante o trabalho.
Escada leve e segura para acesso às partes mais altas em plantas adultas, quando necessário.
Passo a Passo Detalhado
Preparação inicial
Desinfete todas as ferramentas de poda antes de iniciar o trabalho e entre plantas diferentes, para evitar disseminação de doenças.
Observe atentamente a estrutura da planta, identificando ramos quebrados, doentes, secos, cruzados ou mal posicionados que devem ser removidos.
Verifique a época adequada: a poda principal deve ser realizada no final do inverno, antes da brotação primaveril (julho/agosto no Brasil).
Podas leves de limpeza podem ser realizadas após a colheita dos frutos, no outono, para remover ramos que já produziram e estão enfraquecidos.
Principais cuidados durante o processo
Poda de formação (primeiros 3 anos):
- No primeiro ano, selecione 3-5 ramos principais bem distribuídos em diferentes direções
- Elimine brotações próximas ao solo e ramos voltados para o centro da planta
- Encurte os ramos selecionados em 1/3 do seu comprimento para estimular ramificações laterais
- No segundo e terceiro anos, continue selecionando e encurtando ramos para formar um esqueleto bem estruturado
Poda de frutificação (plantas em produção):
- Remova completamente ramos mortos, doentes ou quebrados
- Elimine ramos que crescem em direção ao interior da copa
- Remova ramos cruzados, mantendo o melhor posicionado
- Encurte ramos muito longos para estimular brotações laterais produtivas
- Mantenha a altura máxima da planta entre 3-4 metros para facilitar a colheita
Poda de rejuvenescimento (plantas antigas ou improdutivas):
- Realize corte drástico dos ramos principais a 50-70 cm do solo
- Aplique pasta bordalesa nos cortes para proteção
- Após a brotação, selecione os melhores brotos para formar nova estrutura
- Conduza a nova formação como se fosse uma planta jovem
Cuidados Complementares
Todos os cortes devem ser realizados em ângulo levemente inclinado para evitar acúmulo de água e entrada de patógenos.
Cortes maiores que 2 cm de diâmetro devem ser protegidos com pasta bordalesa ou tinta plástica branca para evitar doenças e ressecamento.
Após a poda, aplique uma adubação nitrogenada leve para estimular a brotação e recuperação da planta, especialmente em podas mais severas.
Remova regularmente brotações que surgem da base do tronco (chamadas de chupões) que consomem energia da planta sem contribuir para a produção.
Observe a resposta da planta à poda: se houver brotação excessiva, realize uma poda verde (durante o crescimento) para equilibrar a vegetação com a frutificação.
Dicas de Otimização e Erros Comuns
Erro comum: poda excessivamente severa que remove grande parte dos ramos produtivos, resultando em queda de produção no ano seguinte.
Evite podar durante períodos de chuva ou alta umidade, pois aumenta o risco de infecções fúngicas através dos cortes.
A poda de verão (pós-colheita) deve ser leve, apenas para limpeza, pois podas drásticas neste período podem estimular brotações que não terão tempo de amadurecer antes do inverno.
Mantenha o centro da planta relativamente aberto para melhor circulação de ar e penetração de luz, mas não excessivamente para evitar queimaduras solares nos ramos internos.
Frequência ideal: poda de formação anual nos primeiros 3-4 anos; poda de manutenção anual durante a vida produtiva; poda de rejuvenescimento a cada 10-15 anos ou quando houver declínio significativo na produção.