Como podar Pitaya?
Objetivo e Vantagens
A poda da pitaya é essencial para controlar o crescimento, melhorar a arquitetura da planta e estimular a produção de frutos.
Aumenta a penetração de luz e circulação de ar entre os caules, reduzindo a incidência de doenças fúngicas.
Facilita os tratos culturais e a colheita, mantendo a altura da planta em níveis manejáveis.
Estimula o desenvolvimento de brotações laterais, que são as responsáveis pela produção de flores e frutos.
Renova os ramos produtivos, prolongando a vida útil e a capacidade produtiva da planta.
Materiais e Ferramentas Necessárias
Tesoura de poda bem afiada e esterilizada.
Serrote de poda para caules mais grossos.
Pasta cúprica ou calda bordalesa para proteção dos cortes.
Luvas resistentes para proteção das mãos contra os espinhos.
Pulverizador costal para aplicação preventiva de fungicida após a poda.
Baldês ou lonas para recolhimento do material podado.
Escada ou banqueta para acessar partes mais altas das plantas em sistemas de condução elevados.
Passo a Passo Detalhado
Preparação inicial
Escolha a época adequada para a poda - no Sudeste e Sul do Brasil, o ideal é no final do inverno/início da primavera (agosto-setembro); no Nordeste e Centro-Oeste, pode ser realizada após um ciclo produtivo importante.
Evite realizar podas em períodos chuvosos ou com previsão de chuvas nos dias seguintes, pois a umidade favorece a entrada de patógenos pelos cortes.
Tome cuidado especial com plantas jovens (1º ano), realizando apenas podas leves de formação para não comprometer o desenvolvimento.
Limpe e desinfete todas as ferramentas com álcool 70% ou solução de hipoclorito de sódio antes e durante o processo, especialmente ao passar de uma planta para outra.
Prepare a pasta cúprica (mistura de 1 kg de sulfato de cobre, 1 kg de cal virgem e 10 litros de água) ou adquira pasta cicatrizante comercial.
Principais cuidados durante o processo
Poda de formação (1º ano): quando a planta atingir o topo do suporte (1,80-2,0 m), podar o ápice para estimular brotações laterais.
Selecionar 3-4 caules principais bem distribuídos e eliminar os demais na base para melhor aproveitamento da energia da planta.
Poda de produção (a partir do 2º ano): remover caules muito velhos (mais de 3 anos), que apresentam coloração acinzentada e produção reduzida.
Eliminar caules danificados, doentes ou muito finos, realizando cortes em bisel a cerca de 2-3 cm da base ou da junção com outro caule.
Remover o excesso de brotações laterais, mantendo espaçamento de 20-30 cm entre elas para melhor distribuição de luz e redução de competição.
Cuidados Complementares
Aplicar pasta cúprica ou calda bordalesa imediatamente após os cortes para proteção contra doenças.
Realizar pulverização preventiva com fungicida cúprico em toda a planta 2-3 dias após a poda.
O material podado deve ser removido do pomar e, se saudável, pode ser utilizado para produção de novas mudas ou compostagem.
Nos primeiros 15-20 dias após a poda, reduzir a irrigação em cerca de 30% para diminuir riscos de doenças fúngicas nos cortes.
Monitorar o surgimento de novas brotações, realizando desbrotas seletivas para manter apenas as mais vigorosas e bem posicionadas.
Dicas de Otimização e Erros Comuns
A poda muito drástica em plantas jovens pode comprometer o desenvolvimento; nos primeiros anos, foque em formar a estrutura básica da planta.
Em regiões com alta incidência de sol, os cortes devem ser orientados para o lado leste ou norte, reduzindo a exposição direta ao sol da tarde.
Um sistema adequado de condução (espaldeira ou pérgola) facilita o manejo da poda e melhora a distribuição dos caules.
Erro comum: deixar muitos caules por planta, causando sombreamento excessivo e competição por nutrientes.
Outro erro frequente é a realização de podas em épocas inadequadas, como no início da floração ou durante períodos muito frios.
Para pomares comerciais, estabeleça um sistema de rotação, podando 1/3 dos caules a cada ano para manter produção contínua sem estressar as plantas.